Informação-Exame Nacional de Filosofia 2015
O IAVE publicou as Informações-Exame de Filosofia.
Podem ser consultadas no site do IAVE, neste endereço:
http://provas.iave.pt/np4/%7B$clientServletPath%7D/?newsId=4&fileName=IE_EX_Fil714_2015.pdf
De qualquer modo, transcrevi para aqui as informações relativas a competências e conteúdos:
«O presente documento divulga informação relativa à prova de
exame final nacional do ensino
secundário da disciplina de Filosofia, a realizar em 2015,
nomeadamente:
• Objeto de avaliação
• Caracterização da prova
• Critérios gerais de classificação
• Material
• Duração
No arquivo Exames e Provas podem ser consultados itens e
critérios de classificação de provas desta disciplina.
Objeto de avaliação
A prova tem por referência o
Programa de Filosofia e as Orientações para efeitos de avaliação sumativa externa
das aprendizagens na disciplina de Filosofia e permite avaliar a aprendizagem
passível de avaliação numa prova escrita de duração limitada, nomeadamente as
capacidades que a seguir se enunciam.
Análise e
interpretação
– Identificar problemas filosóficos.
– Identificar conceitos filosóficos.
– Identificar teses filosóficas.
– Relacionar conceitos e teses presentes em textos
filosóficos.
– Comparar teorias filosóficas.
– Identificar a estrutura argumentativa de um texto.
– Integrar um texto num contexto argumentativo e filosófico.
– Reconhecer diferentes tipos de argumentos.
– Enunciar premissas explícitas e implícitas de um
argumento.
– Reconstituir os argumentos apresentados num texto.
Problematização e
conceptualização
– Formular problemas filosóficos.
– Relacionar problemas filosóficos.
– Justificar a relevância de um problema filosófico.
– Utilizar conceitos de forma adequada.
– Esclarecer um conceito mediante a sua definição,
exemplificação ou contextualização.
– Explicar relações entre conceitos.
Argumentação e crítica
– Defender teses, apresentando razões, argumentos ouou
exemplos adequados.
– Determinar as implicações filosóficas de uma tese ou
teoria.
– Determinar as implicações práticas de uma tese ou teoria.
– Avaliar criticamente teses, teorias e argumentos,
apresentando objeções ou contraexemplos.
– Confrontar perspetivas filosóficas, considerando os seus
pontos fortes e os seus pontos fracos.
A prova integra itens que permitem avaliar a aprendizagem
relativa aos módulos II, III e IV do programa, com as especificações
introduzidas pelas orientações e em conformidade com o nível de aprofundamento
abaixo explicitado.
Módulo II — A ação
humana e os valores
Unidade 1. A ação
humana — análise e compreensão do agir
1.1. A rede
conceptual da ação
– a distinção entre ação e acontecimento;
– a distinção entre voluntário e involuntário;
– a articulação entre deliberação e decisão racional.
1.2. Determinismo e
liberdade na ação humana
– discussão das posições fundamentais de resposta ao
problema da relação entre determinismo e livre-arbítrio: o determinismo radical,
o determinismo moderado e o libertismo.
Unidade 2. Os valores
— análise e compreensão da experiência valorativa
2.1. Valores e
valoração — a questão dos critérios valorativos
– a distinção entre juízo de facto e juízo de valor;
– discussão das perspetivas seguintes: a subjetividade, a
relatividade e a objetividade dos
juízos de valor.
Unidade 3. Dimensões
da ação humana e dos valores
3.1. A dimensão
ético-política — análise e compreensão da experiência convivencial
3.1.3. A necessidade
de fundamentação da moral — análise comparativa de duas perspetivas
filosóficas
– a ética deontológica de Kant — o dever e a lei moral; a boa vontade; máxima, imperativo hipotético e
imperativo categórico; heteronomia e autonomia da vontade; agir em conformidade
com o dever e agir por dever; críticas à ética de Kant;
– a ética utilitarista de Mill — intenção e consequências; o princípio da utilidade; a felicidade;
prazeres inferiores e prazeres superiores; a ausência de regras morais absolutas;
críticas à ética de Mill.
3.1.4. Ética, direito
e política — liberdade e justiça social; igualdade e diferenças; justiça e equidade
– a articulação entre ética e direito;
– o problema da relação entre liberdade política e justiça
social:
• a teoria da justiça de Rawls — a posição original e o véu de ignorância;
a justiça como equidade; os princípios da justiça; a regra maximin; o
contratualismo e a rejeição do utilitarismo;
• as críticas à teoria
de Rawls.
Opção por 3.2. ou por 3.3.
3.2. A dimensão estética
— análise e compreensão da experiência estética
3.2.1. A experiência
e os juízos estéticos
– discussão do carácter subjetivo ou objetivo dos juízos
estéticos.
3.2.2. A criação artística e a obra de arte
– o problema da definição de arte;
– discussão das teorias da imitação, expressivista e
formalista.
3.3. A dimensão
religiosa — análise e compreensão da experiência religiosa
3.3.1. A religião e o
sentido da existência — a experiência da finitude e a abertura à transcendência
– a resposta religiosa à questão do sentido da existência;
– perspetivas não religiosas sobre o sentido da existência.
3.3.3. Religião,
razão e fé — tarefas e desafios da tolerância
– uma das provas da existência de Deus;
– uma das críticas à perspetiva religiosa.
Módulo III —
Racionalidade argumentativa e Filosofia
Unidade 1.
Argumentação e lógica formal
1.1. Distinção
validade — verdade
– a lógica como estudo da validade dos argumentos;
– noções de proposição, argumento, premissa, conclusão,
argumento válido e argumento sólido.
Opção pelo Percurso A
ou pelo Percurso B
PERCURSO A — Lógica
Aristotélica
1.2. Formas de
inferência válida
– caracterização da linguagem da lógica silogística com as
suas quatro formas;
– definição e estrutura do silogismo categórico —termos
maior, menor e médio e premissas
maior e menor;
– classificação dos silogismos categóricos em figuras e
modos;
– distribuição dos termos nas proposições categóricas;
– regras de validade do silogismo categórico.
1.3. Principais
falácias
– falácias formais: falácia do termo não distribuído,
ilícita maior e ilícita menor.
PERCURSO B — Lógica Proposicional
1.2. Formas de
inferência válida
– caracterização da linguagem da lógica proposicional com as
cinco conectivas: «não», «e»,
«ou», «se... então», «se e somente se»;
– formalização de frases e de argumentos; prática de
interpretação de fórmulas;
– funções de verdade e uso de tabelas de verdade para testar
a validade de argumentos;
– formas de inferência válida: modus ponens, modus tollens,
contraposição, silogismo disjuntivo, silogismo hipotético e leis de De Morgan.
1.3. Principais
falácias
– falácias formais: afirmação da consequente e negação da
antecedente.
Unidade 2.
Argumentação e retórica
2.1. O domínio do
discurso argumentativo — a procura de adesão do auditório
– a distinção entre demonstração e argumentação;
– a relação necessária ao auditório no discurso
argumentativo.
2.2. O discurso
argumentativo — principais tipos de argumentos e de falácias informais
– critérios para avaliar argumentos indutivos, por analogia
e de autoridade;
– falácias informais: petição de princípio, falso dilema,
apelo à ignorância, ad hominem,
derrapagem (ou bola de neve) e boneco de palha (ou
espantalho).
Unidade 3.
Argumentação e Filosofia
3.1. Filosofia,
retórica e democracia
– a retórica no contexto da democracia ateniense: o
confronto entre a perspetiva dos sofistas
e a de Platão.
3.2. Persuasão e
manipulação ou os dois usos da retórica
– a crítica filosófica aos usos da retórica.
3.3. Argumentação,
verdade e ser
– a argumentação filosófica e o seu vínculo à procura da
verdade.
Módulo IV — O
conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica
Unidade 1. Descrição
e interpretação da atividade cognoscitiva
1.1. Estrutura do ato
de conhecer
– o conhecimento como relação entre um sujeito e um objeto;
– discussão da definição tradicional de conhecimento como
crença verdadeira justificada.
1.2. Análise
comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento
– a distinção entre conhecimento a priori e conhecimento a
posteriori;
– o racionalismo de Descartes — a dúvida metódica; o cogito; a clareza e a distinção das ideias como
critério de verdade; o papel da existência de Deus; críticas a Descartes;
– o empirismo de Hume — impressões
e ideias; questões de facto e relações de ideias; a relaçãocausa-efeito;
conjunção constante, conexão necessária e hábito; o problema da indução;
- críticas a Hume.
Unidade 2. Estatuto
do conhecimento científico
2.1. Conhecimento
vulgar e conhecimento científico
– a relação entre o senso comum e a ciência — discussão do
valor do senso comum e da ciência como formas de conhecimento.
2.2. Ciência e
construção — validade e verificabilidade das hipóteses
– as conceções indutivista e falsificacionista do método
científico:
• o indutivismo clássico — o papel da observação e da experimentação; verificação e
verificabilidade; a
confirmação de teorias;
• o falsificacionismo de Popper — posição perante o problema da indução; falsificação e
falsificabilidade;
conjeturas e refutações; a corroboração de teorias.
2.3. A racionalidade
científica e a questão da objetividade
– as perspetivas de Popper e de Kuhn sobre a evolução e a
objetividade do conhecimento
científico:
• a perspetiva de Popper — eliminação do erro e seleção das teorias mais aptas; progresso do
conhecimento e
aproximação à verdade; críticas a Popper;
• a perspetiva de Kuhn — ciência
normal e ciência extraordinária; revolução científica; a
tese da incomensurabilidade
dos paradigmas; a escolha de teorias; críticas a Kuhn.
Os conteúdos e as capacidades relativos ao módulo inicial do
programa, nomeadamente à subunidade «A dimensão discursiva do trabalho
filosófico», embora não incluídos nas orientações, poderão, dada a sua natureza
transversal, ser mobilizados em articulação com os que são relativos aos
módulos sujeitos a avaliação externa.
Caracterização da prova
A prova tem duas versões.
Os itens podem ter como suporte um ou mais documentos. A
sequência dos itens pode não corresponder à sequência dos módulos e das
unidades letivas do programa e das orientações ou à sequência dos seus
conteúdos.
Os itens podem envolver a mobilização de conteúdos relativos
a mais do que um dos módulos ou das unidades letivas do programa e das
orientações.
Se a prova incluir itens que incidam em conteúdos
apresentados em alternativa no programa e nas orientações, serão propostos os
percursos necessários para garantir a equidade. Nesse caso, deverá selecionar-se
apenas um dos percursos apresentados.
No caso da Unidade 3 do Módulo II, serão apresentados o
PERCURSO A — A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA e o PERCURSO B — A EXPERIÊNCIA RELIGIOSA.
No caso da subunidade 1.2. do Módulo III, serão apresentados
o PERCURSO A — LÓGICA ARISTOTÉLICAe o PERCURSO B — LÓGICA PROPOSICIONAL.
A prova é cotada para 200 pontos.»
Para uma disciplina com três tempos de 50' ou dois de 90' por semana, não está nada mal!!!